Durante a gravidez, o corpo e o sistema imunológico feminino sofrem diversas transformações. A produção hormonal é alterada drasticamente, resultando na baixa imunidade e, consequentemente, facilitando a proliferação de micro-organismos que causam doenças comuns nesse período.
De acordo com o ginecologista Renato de Oliveira, o acompanhamento pré-natal é importante para garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê. Já que existem doenças que podem atingir o feto. “Geralmente 10 a 15% das futuras mães apresentam alguma complicação durante a gravidez. Portanto, é imprescindível realizar o pré-natal, pois algumas alterações podem resultar em morte materna, fetal ou neonatal até problemas de desenvolvimento do recém-nascido”, alerta.
Um bom pré-natal ajuda na gravidez
A realização do pré-natal é fundamental para prevenir doenças na gravidez. O acompanhamento médico ajuda a detectar precocemente patologias tanto maternas como fetais, permitindo o desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
Entre as vantagens do pré-natal na gravidez estão:
* Identificar doenças que evoluem de forma “silenciosa”, como hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc.
* Detecta problemas fetais, como más formações. Em alguns casos é possível realizar o tratamento intraútero.
* Avalia aspectos relativos à placenta, como posição adequada, presença de hemorragias e outros problemas.
* Identifica precocemente a pré-eclâmpsia que é uma das principais causas de mortalidade de gestantes no Brasil.
Doenças comuns merecem atenção
A gravidez é um momento muito especial na vida da mãe e do bebê. É uma época repleta de dúvidas, ansiedades e novas sensações. Evitar doenças é fundamental para a mãe curtir todas as fases de desenvolvimento do bebê de forma tranquila. Confira cinco doenças comuns na gravidez que merecem atenção especial:
Infecção urinária
Causada por bactéria, gera desconforto, dor e ardência ao urinar. Essa infecção não causa alterações letais, mas caso não seja curada de fato pode afetar o crescimento do feto e até levar ao parto prematuro.
Anemia
A condição, causada pela deficiência de ferro, pode afetar o crescimento do bebê. Isso porque durante a gravidez a mãe precisa fornecer cerca de 27 mg de ferro para alimentar a produção de hemoglobina para ela e o feto. “Para prevenir o problema, a futura mamãe deve seguir uma alimentação balanceada e, se preciso, o médico poderá prescrever suplementos”, alerta o especialista.
Pré-eclâmpsia
É uma afecção que pode provocar inchaço, perturbações hepáticas e aumentar a pressão arterial. “O problema, que está entre os mais graves desse período, pode resultar no envelhecimento da placenta e o parto prematuro. Além de surgir no terceiro trimestre, é mais comum na primeira gravidez.
Diabetes gestacional
Caracterizada pelo aumento do nível de glicose no sangue durante a gravidez, geralmente desaparece depois do parto. “A condição pode prejudicar o bebê, o que levaria a um parto cesárea, além da possibilidade de alterar o peso da criança e aumentar em duas vezes o risco de pré-eclâmpsia”, comenta Renato.
Vaginose bacteriana
Infecção caracterizada pela alteração na flora vaginal que aumenta a proliferação de bactérias causando corrimento com forte odor. Pode causar ruptura da bolsa e o parto prematuro.
Algumas doenças podem causar problemas ao bebê e aumentar o risco de parto prematuro, por isso manter as consultas de pré-natal em dia é fundamental para ter uma gravidez tranquila e saudável.