Os transtornos de ansiedade podem apresentar características e sintomas diferentes. Veja o que muda entre cada um.
O tema saúde mental nunca esteve tão em alta. Isso porquê vivemos em um período cada vez mais frenético em nossa sociedade. Com objetivos pautados por metas profissionais e desafios pessoais, aumentamos a cobrança sobre nós mesmos e, consequentemente, nos tornamos vítimas de transtornos de ansiedade.
Como diferenciar medo de ansiedade?
Primeiramente é preciso dizer que, tanto o medo, quanto a ansiedade são respostas biológicas desenvolvidas através de anos de evolução da espécie humana.
O medo funciona como um alerta que garante a nossa proteção diante de uma situação de perigo. Já a ansiedade é um sentimento produzido pela incerteza do perigo.
Sentir medo e ansiedade são reações fundamentais e totalmente necessárias para a sobrevivência de um indivíduo, porém em grandes quantidades podem ser prejudiciais para o seu convívio em socidade.
A ansiedade se torna prejudicial no dia a dia, quando você deixa de fazer algo por conta dela. Se aquele frio na barriga te impede de apresentar um trabalho na faculdade ou você não consegue viajar a trabalho por ter pavor de avião, talvez seja o momento de refletir se você está sofrendo com de Transtornos de Ansiedade.
Tipos de Transtornos de Ansiedade
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população brasileira convive com transtornos de ansiedade. Porém é preciso diferenciar cada um deles, uma vez que possuem sintomas e tratamentos específicos.
- Transtorno de ansiedade generalizada: Geralmente, os pacientes que sofrem de transtorno de ansiedade generalizada apresentam sintomas como inquietação, tensão interior, cansaço, falta de concentração, irritabilidade e alterações do sono.
Trata-se de uma ansiedade excessiva, podendo afetar a vida social, acadêmica, profissional e até mesmo amorosa. Normalmente o tratamento alia psicoterapia e uso de medicamentos ansiolíticos.
- Síndrome do Pânico: A principal diferença entre uma crise de ansiedade e a síndrome do pânico está na intensidade e na imprevisibilidade em que esta última ocorre.
Enquanto a ansiedade acontece devido à causas mais lógicas e concretas, a crise de pânico não tem hora e nem motivo para acontecer. Estudos indicam que 70% dos casos ocorrem em mulheres jovens, na faixa dos 15 aos 25 anos.
- Fobia: A fobia é uma forma de ansiedade que se apresenta diante de situações de desempenho público ou em que é necessário algum tipo de interação social.
É muito comum que as pessoas comecem a suar, tremer e ruborizar diante de qualquer tipo de exposição pública. Inclusive, começam a sofrer por antecedência, quando sabem que terão de interagir com outros indivíduos.
- Transtorno Obsessivo Compulsivo: Neste caso, o paciente apresenta obsessões e compulsões que tentam aliviar a sua ansiedade. Mania de lavar as mãos repetidamente ou de checar se as portas estão trancadas são alguns exemplos.
- Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Como o próprio nome diz, ocorre após um evento que gerou um grande trauma na vida do indivíduo. Assaltos ou acidentes de carro, por exemplo, podem causar sintomas que se estendem por dias, meses e até anos.
A importância do tratamento
É essencial dizer que qualquer pessoa que apresente um dos sintomas citados, não precisa se sentir deslocado ou com vergonha. Como mencionado no início, vivemos em uma sociedade que muitas vezes estimula esses tipos de transtornos psicológicos.
O mais importante é entendermos que, para todos os casos existe um tratamento que amenize ou até mesmo elimine os sintomas. Por isso, realizar o acompanhamento com um profissional especializado, permite que você compreenda as causas e impeça a piora no quadro.