Assegurar a saúde da mãe e acompanhar a gravidez deve ser prioridade. Para isso, é importante que se realize o pré-natal. A descoberta da gravidez sempre é um momento repleto de emoção para os pais de primeira viagem. Por outro lado, é bastante comum a sensação de confusão e ansiedade por causa da grande quantidade de informações novas que a notícia traz.
De acordo com o coordenador científico da Maternidade do Complexo Hospitalar de Niterói, Antônio Braga, realizar o pré-natal de forma atenta e comprometida aumenta as chances de uma gravidez sem riscos. Além de tirar dúvidas pertinentes e detectar possíveis anomalias e doenças no feto de forma precoce – antes mesmo do nascimento.
“Nos exames feitos durante o pré-natal, o obstetra também poderá avaliar de perto a saúde da mãe em casos de diabetes gestacional. Além de outras doenças que podem surgir durante a gestação, como a pré-eclâmpsia, também conhecida como hipertensão na gravidez. Tratá-las de forma certa impede que elas interfiram na própria gravidez e na saúde do bebê”, reitera o médico.
Até o final do segundo trimestre da gestação, por volta da 27ª semana, as consultas do pré-natal devem ser mensais. Enquanto no sexto e oitavo mês, passam a ser quinzenais. Durante o último mês de gravidez, a mãe deve se consultar com o obstetra uma vez por semana.
Além de acompanhar o feto, o médico especialista também orientará a mãe sobre os cuidados necessários. Como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e interromper certos hábitos, por exemplo, pintar os cabelos, fumar ou ingerir bebidas alcoólicas.
Principais exames para as gestantes no pré-natal
Dentre os exames mais importantes realizados no pré-natal estão os de sangue para checar tipagem sanguínea. E consequentemente o fator Rh, anemia, taxa de glicose, presença de vírus HIV, etc.
O exame de urina e fezes serve para detectar infecções que possam ameaçar a saúde da mãe ou do bebê. As ultrassonografias, que devem ser feitas ao menos uma vez em cada trimestre para avaliar a idade da gravidez. Além de ver se o bebê está se desenvolvendo de forma adequada, o risco de malformações e se há a possibilidade de parto prematuro e pré-eclâmpsia.
Caso os exames mostrem índices fora do padrão ou a mãe esteja numa gestação de risco, o obstetra que a acompanha poderá repetir alguns exames ou solicitar outros mais específicos para que se tenha uma visão melhor do quadro do paciente, recomenda o especialista.